Não fosse um erro técnico no longínquo século XII, Pisa arriscava-se a ser hoje mais outra cidade italiana, com história, mas sem o atractivo para justificar as hordas de turistas que a visitam.
Tudo se resume ao Campo dei Miracoli (Campo dos Milagres) onde se situam os três monumentos base que formam o pólo de interesse cultural – o Baptistério, o Duomo ou catedral e o Campanile mais conhecido por torre inclinada de Pisa. De facto parece mesmo que só por milagre a torre não caiu tal é o grau de inclinação que atingiu.
Durante os 177 anos que durou a construção da torre, o solo arenoso tinha já cedido e a torre acabou mesmo assim por ser concluída em inclinação. Desconhece-se quantos engenheiros e mestres de obra possam ter sido decapitados por tão grande erro mas teria sido uma injustiça pois hoje é a principal razão pela qual rumam a Pisa milhares de turistas deixando uma considerável fonte de receita para o país.
Felizmente o esquema de venda de bilhetes, situado algo distante da torre, impede que se formem filas à sua volta tornando o ambiente menos pesado. As pessoas espalham-se pelo jardim à espera da sua hora de entrada e aproveitam o tempo para colocar à prova as suas habilidades fotográficas.
Valeu a pena a espera para subir à torre. Não só pela possibilidade de enquanto estiver aberta ao público, poder disfrutar das vistas mas também conhecer por dentro o esquema da escadaria que nos conduz até ao topo, nunca esquecendo que vem resistindo a séculos de inclinação e de utilização turistica.
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