Veneza

Em Veneza bem se pode dizer que uma imagem vale mais que mil palavras.
Quem puder viajar em autonomia e controlar o seu tempo, vai com certeza querer "perder-se" pelo labirinto de ruas e pontes e descobrir os cantos da ilha. Bem, na realidade é difícil perdermo-nos. Não por ser uma ilha mas porque com os mapas desdobráveis não seria fácil de acontecer. O comum do turista, sobretudo aquele que vai em excursão, ficar-se-á pelo eixo Estação Santa Lucia - Ponte do Rialto - Praça S.Marcos e partirá sem conhecer verdadeiramente a cidade.


Há percursos para todos os gostos. No turístico trajecto Piazzale Roma - S.Marcos, de longe o congestionado de turistas avidos por souvenirs, é onde se estende estrategicamente grande parte do comércio. As grandes marcas da moda fazem as delícias das bolsas de muitos asiáticos que gostam de ostentar os sacos das compras para fazer inveja no regressp à sua terra. Mais barato e mais interessante são os percursos periféricos, longe da confusão e da multidão, onde a cidade se descobre silenciosa e surpreendentemente ao virar de cada esquina, ao atravessar de cada ponte. O corpo limita-se a transportar os olhos numa sessão fotográfica única.


Fiquei com a nítida impressão que alguns gondoleiros não digeriam bem as reacções dos potenciais clientes ao saberem que tinham de largar cerca de €100 cada por meia hora de passeata. Será que estes marinheiros de água doce não entendem que nem todos os que visitam Veneza são ricos ou são doidos para esbanjar dinheiro a troco de um passeio de barco. Afinal nada mais que um passeio de barco...


Em alternativa aos exorbitantes passeios de gôndola, o vaporetto não sendo propriamente barato oferece várias possibilidades para conhecer o Grande Canal, o Lido ou mesmo a ilha de Murano. Embora sendo um transporte público é a gôndola dos turistas menos afortunados.


Chegar à grandiosa Praça que alberga a Basílica de S.Marcos, o Campanário e o Palazzzo Ducale num curto espaço, dá para entender o poder reinante e prosperidade da cidade nos séculos em que se tornou a Porta do Oriente.
Os preços e longas filas desmotivam a visita aos três monumentos e obriga a fazerem-se escolhas. Percebe-se também o porquê das esplanadas quase vazias...


Parece ter virado moda casar lá na terra e vir fotografar a Veneza.
As variadas posses artísticas que o fotógrafo submetia o casal ia dando para entreter o "público" que se juntava por perto.


Outra forma de conhecer Veneza.

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