Roma

Quando pensava em Roma associava invariavelmente ao Coliseu. Hoje, depois de cá ter passado sei que a cidade ficará mais marcada pelo Vaticano mesmo sendo um estado dentro de outro estado, pelo monumento a Vittorio Emanuele II, a Piazza del Popolo ou mesmo Castel Sant'Angelo. Do Coliseu não fica mais do que uma imagem presente de um tempo bárbaro feito de tirania, escravidão, suor, sangue e morte onde os players eram homens e animais. De resto são ruínas de uma colossal construção que hoje o turismo obriga a uma certa maquillage para manter em forma. Ruínas são restos que o tempo destrói e não reconstrói e por isso prefiro o Anfiteatro de El Jem na Tunísia, esse sim, transporta-nos no tempo. A longa fila para compra de bilhetes que os guias tentam vender pelo dobro para entrar em grupo e ultrapassa-la, podem também ser comprados via internet ou entrando pelo acesso ao Palatino, este com menos afluência de gente.


O Vaticano sim, merece uma visita atenta e alongada mesmo para quem não seja apreciador de Arte ou História. Os antepassados eram artistas de uma perfeição sublime. As pinturas, os frescos, os mapas, as tapeçarias e as incontornáveis estátuas são prova evidente dessa perfeição.





Ir a Roma sem ver o Papa... a profecia cumpriu-se!
Eu estive lá, ele não apareceu, a varanda manteve-se fechada.


Roma é cosmopolita e muito agradável para ser calcorreada a pé, rua após rua ao longo dos vários bairros. Não basta conhecer os monumentos quando a cidade é bem mais agradável de descobrir ao longo de ruas, pontes e praças pelo caminho. Aliás a única forma que concebo para conhecer uma cidade é percorre-la a pé o mais possível mas também seguir os hábitos locais. Em Roma sê romano!



Os mapas desdobráveis ajudam à orientação e evitam pedir ajuda sobretudo nos transportes públicos ou locais de grande afluência. Com tanto turista percebe-se que os italianos perderam a paciência e nem sempre é expectável obter um sorriso com a resposta. Quando o cansaço aperta existe o Metro para uma rápida mudança de planos a 1 euro por viagem.


A beleza do espaço junto à Fontana di Trevi fica irremediavelmente perdida quando a pequena praça se enche. O que poderia ser um ponto turístico de passagem transforma-se num local de permanência mais parecendo uma feira. Parece que toda a gente está à espera que Neptuno lance os seus tritões à água para recuperar as moedas que os turistas atiram em troca de um desejo. Como seria agradável ouvir a água a correr em vez da algazarra residente neste período de Verão.


A famosa Scalinata Trinitá dei Monti que une a igreja à Piazza di Spagna é ideal para descansar enquanto se assiste ao frenesim dos que se acotovelam em cima da fonte ou dentro de agua para a foto fantástica.



Jantar no Campo de Fiori num qualquer restaurante ou pizzaria à volta da praça é uma boa opção para início de noite. A avaliar pela quantidade de gente que se espalhava pela praça apercebemo-nos que se trata de um ponto badalado da cidade. Temos então a desculpa ideal para ali ficar a experimentar as variedades de saborosos gelados. O problema é que enquanto a barriga engorda a carteira emagrece…


Piazza Navona uma elegante praça oval, construída sobre um antigo estádio, foi idealizada para ser o centro social da cidade. Daí a nobreza dos edifícios ao redor, com a Igreja Sant'Agnese in Agnone embutida no casario e ao centro a ostentação de uma enorme fonte - a Fontana dei Quattro Fiume, alusiva a quatro grandes rios. No ar paira um certo estilo nobre enquanto na praça os artistas de rua são residentes. Desde malabaristas a pintores e musicos não falta expressão artística. Bom local para entretenimento.




Passear pelas elegantes pontes sobre o Tibre também nos dá perspectivas diferentes da cidade, menos turisticas mas não menos interessantes.



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