Rio de Janeiro


Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil,
Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil...

Foi assim que o compositor André Filho a descreveu, naquele que se tornou um hino à cidade, imaginando já que a beleza desses encantos mil fosse imutável. A cidade revela-se de facto maravilhosa a cada passo, em cada avenida, em cada morro, em cada perspectiva. Ela própria encarrega de se mostrar a quem a percorre, com a simplicidade com que a natureza a abençoou.



Ipanema e Leblon partilham a longa costa, enquanto a mítica Copacabana termina no Morro do Uribu. Ao passar por Botafogo e Flamengo avista-se a imperfeição dos Morros da Urca e Pão de Açúcar. Daqui desfruta-se da panorâmica vista sobre a entrada na baía de Guanabara com Niterói em plano de fundo.

A HeliNews ofere-nos algumas vistas aéreas impressionantes: Rio 1 - Rio 2 - Rio 3




Momento de privilégio é poder ver e sentir no Pão de Açúcar aquilo que nenhuma foto ou filme jamais conseguiria. Difícil é voltar costas e regressar sem prever se algum dia o destino nos traz de volta a este lugar. Resta a pretensão de guardar o momento na memória para mais tarde o recordar.




Numa cidade de 6 milhões quando se pensa em fazer algo comum temos de imaginar que deverá haver mais uns milhares a pensar no mesmo. Por isso, uma simples ida à praia ou um passeio de bicicleta pode transformar-se facilmente numa actividade de multidões. Mas desvia-se o trânsito das avenidas marginais ao domingo e todos passeam descontraidamente! Aos fins-de-semana, almoçar no Leblon ou jantar na Lapa pode não ser tarefa fácil, mas quem quer acompanhar a movida tem de se sujeitar. E os cariocas fazem-no com o seu jeito tranquilo de ser como qualquer bom brasileiro. Levam a vida com o sorriso na face, não fervem como os seus irmãos lusitanos...

Palácio do Governador
Paço Imperial do Rei e da Corte Portuguesa
Travessa onde viveu Carmen Miranda

A cereja está no topo do bolo como o Cristo-Rei está no Corcovado. A sua presença, de braços bem abertos, é imponente mas paternal abraçando todos os cidadãos sem excepção. Mais outra vista aerea deslumbrante do Rio que embora nos prenda ao lugar, fica irremediavelmente condicionada pela quantidade massiva de visitantes que recebe. É um sufoco conseguir espaço para disfrutar o momento com a atençao que ele merece ou conseguir um bom plano para uma boa foto. Com a pressa dos cliques e dos beijos sob o olhar do Redentor muito poucos têm tempo para absorver a paisagem. Já tive o priviégio de aqui estar em viagens diferentes e acabo por preferir o calor do cenário ao entardecer.




O Museu de Arte Contemporânea não é só um museu virado para o interior e para as artes que acolhe. Interpreto-o como um espaço que, num rasgo de visão extra-sensorial, Óscar Niemayer enquadrou em harmonia com a cidade. As suas linhas oblíquas enquadram-se sem ferir a linha do horizonte e no seu interior a longa superfície vidrada mais parece uma tela viva da cidade que fervilha ao longe.



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