Dublin, Irlanda

Apesar de curta, a passagem por Dublin, ou Baile Átha Cliath para alguns, deixa o registo de uma cidade muito cosmopolita, cheia de restaurantes, de pubs e de gente divertida, sem perder contudo o aspecto austéro e cinzento de um passado marcado por heranças célticas, invasões anglo-normandas, fome, doença e exôdo para os Estados Unidos, de lutas e conquista pela independência final. O popular tema Isle of Hope, Isle of Tears retrata bem o periôdo de emigração dos milhares de irlandeses que rumaram à terra prometida na esperança de uma vida melhor.



Para quem tem limitações de tempo, os city tour são uma opção prática. Para quem o tempo sobra funciona igualmente bem pois o bilhete é livre possibilitando entrar e sair onde e quando quiser. Já a bordo do autocarro, muitos séniores, alguns jovens e nós, todos munidos de câmara fotográfica na mão, fazemos um conjunto de turistas perfeito. Enquanto o motorista vai despejando factos e história, nós vamos disparando fotografias para tudo que é canto.









Sendo a cerveja, a bebida mais consumida no país, a Guinness será com certeza rainha. Não só na produção como em dimensão e imagem tendo em conta os quarteirões que o complexo ocupa e o merchandising que tem montado. A visita à fábrica é uma experiência sensorial completa mas não só. Feitas as contas às cervejas que se podem consumir durante a visita, o preço da entrada pode tornar-se irrisório... Mas a melhor delas é a que nós próprios aprendemos a tirar. Se cumprirmos escrupulosamente o ritual das 6 fases nuns rigorosos 119,5 segundos como manda a regra, saimos de diploma na mão.




Na cidade dos pubs não se pode esquecer uma visita ao antigo e famoso Temple Bar. Pela manhã já o bar estava aberto, talvez para servir algum cliente mais sedento ou simplesmente com o intuito de franquear o acesso aos turistas. Mas foi ao final da tarde que o Temple Bar apresentava casa quase cheia. À volta de umas pints, homens e mulheres, punham animadamente a conversa em dia, parecendo esquecer uma crise económica que começava afectar o país. Mas é mesmo assim, está enraizado na cultura do país que a ida ao pub é para encontrar os amigos, beber, cantar, dançar que o que é nacional é bom. Fico a imaginar o sucesso de um pub em Portugal que só passasse música nacional...



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