Atravesso o país desde Benque Viejo, na fronteira com a Guatemala, até à cidade de Belize. A sua localização entre Américas e Caraíbas tem influências notando-se uma grande diversidade multirracial e linguística. Há uma mistura de mestiços, maias, crioulos e garifunas divididos entre o inglês, o espanhol e o crioulo. Para quem vem da Guatemala este não é mais um pais centro-americano já que aqui parece estarmos algures entre os States e a Jamaica... Como cidade de Belize não tinha assunto a opção foi seguir directo para a ilha de Caye Caulker a 30 km de distancia - mapa.
Nesta ilha tudo está orientado para o turismo, sobretudo para os americanos que aqui procuram férias low cost. Comércio, alojamento e restauração falam assim a língua dos "gringos". Não falta alimentação americanizada, acompanhada com chips, a cerveja está acessível em todo o lado, o calor não dá tréguas enquanto o mar azul convida a um banho. Ao fim da tarde já se encontra alguma gente escaldada, uns pelo sol outros pelo álcool.
Será a noite caribenha assim escaldante?
Caye Caulker ou a vizinha San Pedro, são destinos procurados por mergulhadores atraídos pelo Belize Barrier Reef ou pelo Great Blue Hole. Qualquer inexperiente também participar nessas excursões diárias após um curso intensivo de alguns minutos!
As ruas não são asfaltadas, também não há automóveis com excepção de um ou outro veiculo oficial. A electricidade é gerada na própria ilha, onde existe uma central alimentada a combustível 24 horas por dia, certamente para desespero dos que moram mesmo ao lado já não falando da poluição ambiental.
Aparte todo o ambiente turístico-americanizado, Caye Caulker é uma excelente experiência da boa vida, deixando o apetite aguçado para ir espreitar outras ilhas onde a reconhecida qualidade de vida atrai aqueles privilegiados que conseguem comprar o seu espaço no paraíso. Enfim, por enquanto rendo-me ao encanto do entardecer nas Caraíbas e à frescura da belizenha cerveja Belikin.
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